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Gravatá, "Terra de Moças Bonitas"

*PARA QUEM GOSTA DE RECORDAR... com a professora Dilsa Maria Farias Lopes

Era muito comum, em Gravatá, imaginar que todo mundo se conhecia. Nos bailes, nos assustados, na igreja, nos funerais, nas festas ou nos passeios na praça, sempre estavam presentes as mesmas pessoas. Parecia uma grande família!

Concomitantemente a esse fato, tinha-se a impressão também de que todo mundo sabia da vida de todo mundo... Parcialmente, havia um pouco de verdade.

Como a influência da televisão não fazia parte da rotina gravataense, as personagens eram os próprios habitantes do lugar.

Muitas vezes as conversas dos vizinhos, das praças, circulavam por toda cidade. Uma dessas conversas, seria uma lista imaginária que as pessoas faziam com o nome das moças mais bonitas da cidade. Isso era discutido entre as famílias, nos bate-papos entre amigos e era algo tão interessante, que todos queriam dar sua própria opinião.

Duas garotas disputavam o 1º lugar da beleza nessa lista feita pelo povo. Ambas eram possuidoras de belezas bem diferentes, uma loira, alta, de olhos azuis e corpo escultural (Maria Matilde) a outra, uma bela morena de cabelos pretos, longos e reluzentes em perfeita harmonia com o belo corpo que Deus lhe deu (Giovanina Góis). Ambas possuíam traços fisionômicos perfeitos. Era uma beleza natural. Não havia academias, lipoaspirações, chapinhas, nem silicones. Tinha que nascer bonita mesmo.

A polêmica durou alguns anos. E nunca se chegava a uma conclusão, pois até o biótipo tão diferente de ambas proporcionava uma diversidade de opiniões.

Outras meninas bonitas acompanhavam essa lista: Virgínia Peixoto, Angélica Lins e as famosas garotas da Rua Sete de setembro : Bete, Lúcia e Edna Maciel, Betânia e Maria Helena Lins, Vera e Maria Goggin, Lúcia Galvão, Socorro Coelho, Lúcia de Fátima... E tantas outras...

Na Praça 10, a beleza das irmãs Amorim, Tenório, se faziam presentes...

Havia um comentário que Gravatá era conhecida como a “Terra de moças bonitas”... E muitos rapazes das cidades vizinhas, aqui se dirigiam para verem de perto essas beldades tão aclamadas.

Interessante é que nessa época, as moças sonhavam com a chegada de um príncipe encantado para levá-las ao altar e a preferência da maioria, era por rapazes de outras cidades. Vários casamentos aconteceram entre moças de Gravatá e “rapazes de fora” (conforme se falava).

Por conta disso, Gravatá que é conhecida hoje, por tantos predicativos, também teve essa referência: A Cidade das moças bonitas!

Atualmente ainda continua. Há jovens lindas em nossa cidade. Não dá para destacar como antigamente, pois a população triplicou. No entanto, sabemos que ser bonita , não é apenas ter um rosto bonito, um corpo perfeito, mas possuir um conjunto de qualidades que é fundamental para que a verdadeira beleza se projete.