Eduardo e Jarbas revelam propostas de campanha

OPINIÃO DOS CANDIDATOS

Mesmo sem a entrega dos planos de gestão aos eleitores, os candidatos ao governo de Pernambuco aumentaram o compasso de apresentação de promessas de ações governamentais. O ritmo mudou depois da estreia da propaganda eleitoral gratuita na semana passada. O governador Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição, e o principal adversário, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), têm revelado seus projetos no guia eleitoral e nas entrevistas que concedem à imprensa.

A proposição mais polêmica, até agora, foi a de reduzir em 20% a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da telefonia celular pré-paga. Feita por Jarbas no guia eleitoral, ela provocou reação imediata da Frente Popular, que acusou o senador de “não ter credibilidade” para fazer a proposta, porque não diminuiu o imposto durante os dois mandatos á frente do Palácio do Campo das Princesas.

A redução do ICMS, no entanto, faz parte de um projeto mais amplo do senador para a área de Tecnologia, onde estão também a criação de lan houses públicas, cidades digitais no Interior, redução de ICMS para a compra de material de informática de micro e pequenas empresas.

Outra polêmica surgiu com a proposta de construção de um novo hospital em Caruaru, no Agreste. Toda a oposição criticou, dizendo que não havia necessidade do novo hospital, que o mais “apropriado” seria investir em um melhor funcionamento do Hospital Regional do Agreste.

A nova unidade hospitalar, segundo Eduardo, faria parte de um “Pacto pela Saúde”. Nos mesmos moldes do Pacto pela Vida, da área de segurança, o novo Pacto reunirá entidades médicas, ouvir os profissionais de saúde, os prefeitos, a sociedade civil para discutir ações voltadas para a Saúde. “Neste momento, faltam R$ 50 bilhões no orçamento da União para saúde e nós precisamos fazer este debate com coragem. Eu posso fazer porque o nosso governo ampliou o orçamento para a saúde, nós fizemos três hospitais de emergência que há 40 anos não se fazia um”, afirmou Eduardo Campos.

DILMA

A trajetória de Michel Temer | Presidente Dilma

A trajetória de Michel Temer

Em 1985, o então secretário de Segurança Pública de São Paulo, Michel Temer, recebeu uma comissão que denunciava o espancamento de mulheres e o descaso de autoridades diante destes crimes. Para coibir esse tipo de violência, ele tomou a decisão inovadora: criou a primeira Delegacia da Mulher no Brasil.

Ainda na secretaria, Temer adotou ideias modernas, posteriormente reconhecidas e tidas como modelo em todo o país. Instituiu a Delegacia de Proteção aos Direitos Autorais, importante instrumento de combate à pirataria de produtos. A passagem bem sucedida pela secretaria projetou esse descendente de libaneses para a carreira política que avançou mais e mais nos anos seguintes.

Michel Miguel Elias Temer Lulia nasceu em Tietê (SP), no dia 23 de setembro de 1940. Sua família, católica, saiu de Betabura, na região de El Koura, Norte do Líbano, e veio para o Brasil em 1925. O pai, Miguel Temer, comprou uma chácara no interior paulista e instalou uma máquina de beneficiamento de arroz e café em sua região.

Enquanto o irmão mais velho, Tamer, ajudava o pai nos negócios, Michel e os outros seis irmãos menores foram estudar na capital paulista. Aos 16 anos, iniciou o clássico (atual ensino médio) e, anos depois, entrou na tradicional Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

Começava, então, uma bem sucedida carreira acadêmica. Temer tornou-se doutor pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo e, na Faculdade de Direito da mesma instituição, dirigiu o curso de pós-graduação. Lecionou na Faculdade de Direito de Itu e é considerado hoje um dos maiores constitucionalistas do País.

É autor dos livros Constituição e Política, Territórios Federais nas Constituições Brasileiras, Seus Direitos na Constituinte e Elementos do Direito Constitucional, este último na 20ª edição, com 200 mil exemplares vendidos.